Não consigo acreditar que estou escrevendo o meu primeiro relato, da minha primeira gestação, queria pedir, para que antes de vocês comentarem, lembrem que aqui, do outro lado tem uma grávida ultra sensível (como minhas amigas dizem), que chora por absolutamente tudo. Por isso, preparem-se que eu me empolguei e escrevi tudinho para vocês!

Começando do começo “rs”: nunca fui louca por crianças. Sempre achei que eu não tinha muito jeito, sabe? Tentava interagir e não conseguia. Pegava no colo e o bebê chorava, e eu já entregava para a mãe desesperada. Me questionei varias vezes sobre o sonho de ser mãe. Me lembro que na faculdade, nos meus estágios obrigatórios, algumas vezes eu chorava, por me sentir incapaz de não saber como lidar com uma criança. Mas o tempo foi passando e parece que tudo foi se encaixando, abri meu Estúdio de Dança, e minhas alunas levavam suas filhas e filhos e era só explosão de amor e alegria, me lembro de um dia que me peguei pensando em dar aulas só para crianças, pois tinha a certeza que já havia pegado o jeito e todo aquele medo e incapacidade que antes eu sentia, tinha passado. Aqui em Londres, também trabalhei como Nanny, e me apaixonei de uma forma pelas crianças que nem eu conseguia explicar. Me senti preparada, e percebi que tudo era um ciclo na minha vida, antes eu era muito jovem e esse sentimento/desejo ainda não havia despertado em mim, e tudo bem! Hoje já não consigo imaginar minha vida sem este Baby.

Já o Boy, “vulgo meu esposo” sempre foi louco por crianças, e desde o começo do nosso relacionamento, ele já deixou isso bem claro para mim (tanto o amor dele por criança, quanto a vontade de ser Pai). Me lembro que, assim que ele me expressou toda a vontade de ser pai, eu já joguei o balde de água fria nele, o mesmo balde que eu já tinha recebido de um Ginecologista em 2017, me avisando que eu tinha SOP, e que as chances para que eu conseguir engravidar, eram mínimas para não dizer nulas e que com toda certeza eu iria depender de injeções para me ajudar a ovular.

Em fevereiro desse ano (2021), decidimos começar a tentar, então parei de tomar o anticoncepcional no início de Maio, e em Junho fiz o exame que deu positivo (até hoje não acredito, foi tão rápido, que eu não conseguia acreditar). Mas foram meses de muita ansiedade, acreditem, desde fevereiro, parece que eu só pensava na oportunidade de ser Mãe! Eu e o Boy chegamos a conversar sobre a possibilidade de adoção, caso as tentativas ou o tratamento ‘se necessário’ não fossem bem-sucedidas. 

Quando descobri a minha gravidez foi uma surpresa muito grande, com um misto de inúmeros sentimentos inexplicáveis e muita felicidade, mas eu não vou negar que senti medo devido a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e fiquei meio sem rumo na hora, com uma insegurança tremenda, inúmeras dúvidas, principalmente por agora estar morando há quase 4 em Londres, eu não conhecer muito bem o sistema de saúde daqui. Minha cabeça automaticamente se encheu de questionamentos: o que eu faço agora? Como as coisas funcionam aqui? Com quem eu falo? Por onde eu devo começar? Como será o meu pré-natal, parto e puerpério (pós-parto)? Como é uma gestação?

Confesso que fiquei bem apavorada pensando nisso, e mais apavorada ainda quando soube (pesquisei) como tudo era feito aqui e principalmente quando me lembrei que NÃO domino o idioma local (Inglês).

Por isso, vou compartilhar aqui com vocês como foi e está sendo a MINHA experiência, lembrando que cada região de Londres ou até mesmo outras cidades da Inglaterra, podem fazer todo o acompanhamento de uma forma totalmente diferente. Principalmente pelo fato de cada gestação ser única, é o que eu preciso é diferente do que você precisa.

Vale lembrar que TUDO está sendo gratuito pelo NHS (National Health Service – Serviço Público de Saúde, como se fosse o SUS no Brasil), e você precisa estar registrada em um GP (General Practitioner Surgery – Como um Posto de Saúde no Brasil) próximo a sua casa. Se você ainda não fez esse registro não há motivos para se preocupar, você só precisa procurar uma clínica (surgery) perto do seu endereço e pedir o registro. Você deverá preencher um formulário, apresentar identidade e comprovante de residência.

 

Assim que descobri a gravidez, a primeira coisa que eu fiz, foi contar ao meu marido, fiz uma pequena surpresa para ele, e mostro tudo aqui!

 

No mesmo dia, fomos em uma farmácia e compramos imediatamente alguns cremes e óleos para prevenção de estrias, e também algumas vitaminas para gestantes.

No outro dia, a primeira coisa que fizemos foi informar o GP, como estamos vivendo em uma Pandemia, eu liguei marcando uma consulta e tive uma consulta por telefone no mesmo dia, onde informei ao médico que me atendeu, sobre a novidade “I’m pregnant (estou grávida), disse a ele que eu fiz um teste de farmácia (na verdade 2 testes) e deu positivo e pronto, perguntei se iria ser preciso fazer o exame de sangue para confirmar, e ele me disse que não precisava #Chocada“. O médico me informou que eu deveria fazer o  cadastrar em um Hospital próximo a minha casa, ele mesmo me enviou o link do Hospital via e-mail, e diversos outros links (todos os links são do site do NHS) com informações sobre a gravidez aqui no Reino Unido.

 

  • Caso você queira ter acesso as informações sobre a gravidez diretamente do site do NHS é só clicar aqui!

 

Na sequência, entrei no Link do Hospital, que o médico me enviou por e-mail (não tive opção de escolher o hospital, pois o médico me disse que a minha casa não deveria ser longe do Hospital), e fiz o cadastro. O cadastro levou cerca de 15 min., me pediram inúmeras informações pessoais (ex: nome, sobrenome, endereço, nº do NHS, nome e endereço do GP, problemas de saúde, data da ultima menstruação, e assim vai) e uma das perguntas que achei mais importante era, se eu precisava de ajuda com o Idioma! Lembra que eu disse no começo, que essa era uma das minhas maiores preocupações, pois então, já marquei as opções indicando que precisava de tradutora, e qual era o meu idioma materno! Cadastro concluído, fui informada que receberia uma resposta do hospital em até 5 dias uteis, e em caso de qualquer emergência (sangramento, dor) deveria ir ao hospital o mais rápido possível.

 

Uma breve pausa -> Acho que a insegurança foi algo que andou lado a lado comigo nesse primeiro trimestre. Mãe de primeira viagem, morando fora do seu País de origem, sabendo que e as estatísticas de aborto espontâneo nos 1º Trimestre são altas, confesso isso não ajudou muito e consequentemente me assustavam muito, então cada coisinha que acontecia me preocupava, estava louca para ter a minha primeira consulta e a minha primeiro ultrassom!

 

Passado exatamente 4 dias uteis, da data do cadastro no hospital, chegou na minha casa 1 envelope do NHS com as minhas primeiras consultas já marcadas (dia e hora – novamente não pude escolher nada, a data e o horário, já vieram definidos), 1º consulta “Booking Appointment” com a MidWife (como se fosse uma Parteira ou Enfermeira Obstétrica), observação importante essa 1º consulta vem marcada para ser realizada entre, a 8º semana até a 10º semana de gestação, 1º Scan (Ultrasson) que é agendado sempre entre a 10º semana até a 14º semana, e 1 consulta já marcada com o Obstetra, tive essa consulta já agendada, pois no formulário que preenchi do hospital, coloquei que eu possuía SOP. Também informei ao meu médico do GP na minha 1º Consulta.

 

Vale lembrar que aqui, são as Midwifes que te acompanham durante toda a gestação. O Obstetra só vai te acompanhar em casos específicos, principalmente quando é detectado que a sua gravidez é de risco. Outro ponto importante para ressaltar é que cada consulta será com uma MidWife diferente, raramente será uma única MidWife que vai te acompanhar. São elas que fazem os partos, e você não precisa se preocupar, elas estudam muito e estão preparadas para te atender em qualquer situação, e quando algo vai além do que elas possam fazer uma obstetra entra em cena na mesma hora.

 

Quando completei 7 semanas, comecei a sofrer horrores com enjoos e vômitos ao longo do dia, descobri depois que estava com hiperêmese gravídica, e não procurei ajuda de imediato, pois acreditei que enjoos e vômitos eram normais na gravidez. Pois bem! É e não é, se você está gravida e esta tendo dificuldade de se alimentar e de se hidratar devido os fortes enjoos, refluxos, vômitos ou qualquer outro sintoma, procure ajuda medica imediatamente! E eu teria a minha 1º consulta com a Midwife em breve (em 2 semanas), achei que tudo ficaria bem. Pois então, não ficou! Comecei a ter muita dificuldade para comer e beber água e percebi que comecei a perder peso, resumindo, fiquei muito mais preocupada com o Bebê, consequentemente eu estava me sentindo muito mal ao longo do dia, por não conseguir me alimentar bem e sentia muita fraqueza, além do sono fora do normal.

Falando em sintomas nesse 1º Trimestre de Gestação, além dos enjoos, vômitos e sono sem fim. Comecei a ter desejos específicos, por exemplo: coxinha com guaraná, bandeja paisa (prato típico colombiano de Medellin), açaí e assim vai. Mas os refluxos, enjoos, azias e vômitos não ajudavam com os desejos. Outro sintoma que me acompanhou fielmente nos primeiros 2 meses, foi uma sensibilidade quase que insuportável nos seios, percebi também que começaram a crescer, mas a sensação era mesmo de inchaço. Tive muita cólica nos 3 primeiros meses, era uma cólica bem fraquinha, mas ao mesmo tempo chata, tinha dias que ela aparecia e em outros não. Algumas mulheres reclamam da prisão de ventre, eu tive situações específicas de diarreia, que me preocuparam inicialmente, mas depois percebi que era o meu corpo se adaptando a tantas mudanças, principalmente hormonais. Sim, os hormônios, eles mexem completamente com o seu corpo todo, não é só com as suas emoções. Meu emocional nesse primeiro trimestre ficou completamente sem estruturas, quero aproveitar esse espaço para agradecer ao Boy, por segurar a barra, analisando hoje, consigo perceber que eu choro por tudo, completamente tudo, “tadinho”, não sei como ele não surtou junto.

Chegou o dia da minha primeira consulta com a MidWife, que foi em outra clínica e não no meu GP, estava super ansiosa e com muitas perguntas. Nessa 1º Consulta tive que ir sozinha, o Boy não podia me acompanhar. Minha consulta demorou quase 2 horas, chegando lá, já me deram um potinho para exame de urina, onde elas verificam na hora se há alguma alteração no xixi, fui informada que esse exame será realizado em toda consulta com a MidWife ou Obstetra e até mesmo em caso de alguma emergência no hospital; Na sequencia, verificaram meu peso, altura e minha pressão arterial e fomos para uma sala e já coletaram 4 amostras de sangue, esses exames de sangue, demoram cerca de 3 dias para sair o resultado, caso tivesse qualquer problema, fui informada que elas entrariam em contato comigo imediatamente; Mesmo não sendo fumante fiz um teste de nível de poluição no meu organismo, obs: não há exame de toque em nenhuma consulta no pré-natal daqui; E após essa sequencia de “exames” a MidWife começou a me explicar como iria funcionar o meu Pré-Natal, e me fez inúmeras perguntas sobre o meu histórico familiar, e também sobre o histórico familiar do meu esposo. Ela também me fez perguntas sobre violência doméstica, se eu estava feliz com a gestação e se eu queria continuar com a gestação (aqui o aborto é legalizado), e me lembrou o tempo todo que eu estava em um espaço seguro, me perguntou sobre ansiedade e depressão, se eu tinha uma rede apoio, como era o meu relacionamento, entendi naquele momento o motivo do Boy não poder me acompanhar naquela consulta.

Nessa 1º consulta a Midwife me deu inúmeras vitaminas para tomar e me disse que caso eu precisasse de mais alguma, era só ir até lá e pegar com elas gratuitamente. Também recebi o meu Green Book ou Pregnancy Notes, que é uma espécie de caderno verde, onde vai todas as suas informações referentes a gravidez: dados, exames, consultas; tudo fica anotado neste caderno, até mesmo o que é conversado em cada consulta, e fui informada que a partir daquele momento eu deveria andar com o meu Green Book sempre (em caso de qualquer emergência) e também levar em todas as consultas e exames, para que qualquer pessoa que fosse me atender, saber tudo o que estava acontecendo, tudo que estava previsto e o que havia acontecido comigo durante a gravidez.

 

Importante ressaltar que no Pregnancy Notes, fica anotado também todas as nossas vontades, direitos e contatos de emergência e qualquer pessoa que venha a te atender deve sempre respeitar os direitos e vontades da gestante, e em caso de você não puder responder, eles entram em contato imediatamente com o seu contato de emergência, antes de realizar qualquer procedimento.

 

Não nego, saí da minha primeira consulta com a cabeça repleta de informação, com algumas questões esclarecidas, e outras questões com mais dúvida ainda, mas que só iam se esclarecer no decorrer da gestação (as Midwives não gostam muito de antecipar passos aqui, então elas vão discutir com você sobre o parto, quando estiver mais próximo ao parto, por exemplo). Mas, sobre os enjoos e vômitos, descobri nessa consulta, que as Midwives também não prescrevem medicação, então qualquer dor ou sintoma que eu estivesse tendo ou viesse a ter eu deveria contactar o GP imediatamente, pois somente um médico poderia me prescrever qualquer medicação, ou se fosse o caso ir direto ao hospital. 

Saindo da consulta com a Midwife, marquei minha 2º consulta no GP, tive outra consulta por telefone e informei como eu estava me sentindo, listei todos os meus sintomas e a dificuldade de fazer com que algo parasse no meu estômago, foi então que a médica me diagnosticou com hiperêmese gravídica, e na sequencia ela enviou uma mensagem de texto, com o endereço da farmácia onde eu deveria retirar a medicação, isso mesmo – somente retirar, pois toda medicação é gratuita para gestante aqui na Inglaterra, na mensagem também estavam as informações de como deveria tomar a medicação e que deveria começar imediatamente, para poder voltar a me alimentar e também a me hidratar.

 

Vale lembrar que as grávidas têm medicamentos de graça pelo NHS (somente aqueles que são prescritos pelo médico) e essa gratuidade vale até seu filho completar um ano. Para você poder usufruir deste benefício, você deve pedir na sua 1º consulta com a Midwife ou no seu GP, a sua “maternity exemption”. No meu caso, eu pedi na minha 1º consulta com a Midwife e chegou a minha carta de Maternity Exemption, onde me garante medicamento e outros tratamentos gratuitos, essa carta vem com data de validade e é super importante você andar sempre com a sua, principalmente no começo da gestação, onde a “barriguinha” não aparece muito.

 

Dica legal -> Aqui em Londres, usamos muito transporte público. E a TFL “Transport for London”, nos envia gratuitamente um broche de BABY ON BOARD “Bebê à Bordo”, onde indica que você está gestante é facilita assim para você sempre encontrar ajuda, banheiro e também um lugar para sentar, além de tudo isso no site, tem varias dicas legais de qual carrinho escolher e além do broche, eles enviam também um mapa das estações sinalizando onde tem banheiro e também elevadores para você planejar a sua viajem de forma mais confortável. Se você quiser solicitar o seu broche é só clicar AQUI é de Graça!

 

Voltando ao relato! Após essa consulta com a Midwife, precisei aguardar + 3 semanas para a minha 1º Ultrassom, outro detalhe importante é que na primeira consulta com a Midwife você não escuta o coração do bebê, e isso, estava me deixando aflita. Vocês não tem ideia de como me senti, era uma mistura de ansiedade e nervosismo sem fim, tentei me exercitar, meditar, ler, mas parece que nada fazia passar essa ansiedade, sem contar que até então não tínhamos contado para ninguém sobre a gravidez. Então a única pessoa que eu conversava sobre o assunto, era o meu marido. Obs: Vale lembrar “novamente”, que meus hormônios estavam/estão uma loucura, eu chorava, me pegava meio pra baixo, na mesma hora estava super feliz de dar gargalhadas sem fim por qualquer bobagem até começar a chorar novamente vendo um video fofo no Instagram.

Um dia antes da ultrassom, tentei me ocupar com o máximo de coisas que eu pude. E deu super certo, chegou a noite, chorei muito, tive uma descarga de emoções e acabei dormindo como um anjo.

E chegou o grande dia, eu estava transbordando ansiedade e ao mesmo tempo um pouco frustada por não ver aquela “barriguinha” de gravida sabe? .. Mas o Boy como sempre tentando me acalmar, e me lembrando que tudo tinha seu tempo. Voltando para o dia da nossa 1º Scan (Ultrassom). Fomos juntos para o Hospital, eu e o meu esposo, chegando lá encontramos com a tradutora, fui chamada a sala e a tradutora entrou comigo, confirmou todos os dados necessários e então ela saiu e meu marido entrou, não demorou muito e vimos nosso Baby pela 1º vez {não é permitido entrar com telefone ou câmeras nessa sala, por isso não temos nenhum video}, a profissional que fez nosso scan, foi extremamente gentil e foi nos explicando detalhadamente cada parte do scan e nos mostrando nosso Baby e indicando tudo que estava sendo mostrado na tela (não vou negar, chorei, pois eu não estava mais sentindo meu coração, era tanta emoção, que nada mais fazia sentido na minha vida a não ser aquele bebê, foi como se o mundo tivesse parado). Nosso baby estava bem, estava tirando um chocilo “rs”, tive que me levantar durante a ultra e pular, rebolar e agachar para ver se o bebê acordava, mas nada adiantou, seguiu dormindo, mas o que mais importava era que o bebê estava saudável, com todas as medidas dentro da estimativa, e tudo mais estava Ok – placenta, liquido amniótico e assim vai. Terminando a Ultra, ganhamos duas fotos do nosso bebê (obs: alguns hospitais podem cobrar 10 libras por foto impressa). Caso algo estivesse fora dos padrões, eu seria encaminhada a um profissional para discutir sobre e quais os próximos passos. – PS: Se a sua gravidez não é de risco, são oferecidas somente 2 Ultrassons em toda a gestação, uma no 1º trimestre e outra no 2º Trimestre e pronto “fiquei triste quando soube disso, não nego”

A partir dessa 1º Ultrassom, eles me deram uma data estimativa para o parto (em 2022) e também confirmaram o meu tempo gestacional. Terminando o scan, já fui para outra sala realizar um outro exame de sangue, que combinado com a 1º Ultrassom, eles conseguem dar uma porcentagem de chances do bebê ter alguma Síndrome (esse exame é opcional, eu escolhi fazer, para me preparar com antecedência para qualquer eventualidade). Passado uma semana, chegou uma carta na minha casa indicando que as chances do bebê eram baixíssimas, não nego que foi outra semana de total angustia, esperando esse resultado. Quando as chances são altas eles oferecem mais testes e apoio.

Mesmo sendo uma gestação planejada, e eu estudando tudo que eu posso, é tudo tão novo e ver tudo acontecendo de verdade, ver o nosso bebê – Meu Deus, sinceramente acho tudo bem surreal! Eu já tinha pensado sobre esse momento inúmeras vezes e decidimos não contar pra ninguém, nem pra família a nossa família. Queríamos também um tempo pra processar as mudanças, ter a certeza que estava tudo bem com o bebê e comigo e manter isso em segredo foi a nossa escolha – além do mais eu tinha certeza que minha mãe contaria pra algumas tias! Esperamos o 1º Trimestre e todos os resultados chegarem, para então dar a notícia.

Tudo estava ok, coração repleto de alegria, comecei a sentir o bebê já na 13º semana. Decidimos que já era a hora de contar para os avós. A ansiedade foi tão grande que também não gravamos a reação deles ao saber, mas adianto aqui para vocês, foi lindo, fizemos uma chamada de vídeo com todos eles ao mesmo tempo, pois minha mãe mora no Brasil e meus sogros na Colômbia e foi mais ou menos assim, minha mãe chorou muito, minha sogra e meu sogro ficaram muito felizes e já começaram a falar em um 2º neto/neta (hahaha), as minhas cunhadas que estavam presentes no momento choraram bastante também.

Depois contei para os meus irmãos, para as minhas irmãs que moram aqui em Londres, contei pessoalmente e foi bem legal e para o meu irmão que mora no Brasil foi através de uma video chamada e ele ficou muito feliz também. A partir daí, contei para algumas pessoas, como: minha comadre e tias. Depois postei o video mostrando a reação do Boy e também a minha reação, no meu canal do YouTube, mais 1 sequencia de fotos ‘fofas’ no meu perfil pessoal do Instagram, para que todas as pessoas que gostam de nós, pudessem saber e viver esse momento com a gente.

Recebi muitas perguntas sobre o meu peso, pelo meu Instagram. Então vamos lá, no final das contas nesse 1º Trimestre eu perdi 5Kg, devido os sintomas tensos que me acompanharam, até eu começar a fazer o uso da medicação. Mas o peso está estabilizado e espero ganhar peso necessário para este Baby crescer e estar saudável.

 

E aqui finalizamos nosso 1º Trimestre!

 

Espero que você tenha gostado do meu 1º Relato! Se você ficou com alguma duvida ou curiosidade, comenta aqui! Vou ter o maior prazer em te responder.. Beijinhos e até breve com o relato do 2º Trimestre.

 

 

 

Vale ressaltar que em casos de gestantes com irregularidades imigratórias, sem visto, ilegais ou mesmo sem passaporte europeu também podem fazer o pré-natal pelo NHS porem o serviço prestado será cobrado, este valor pode ser parcelado e o Home Office nunca será notificado, ao contrário do que muitas pessoas pensam e em muitos casos deixam de procurar assistência durante a gestação por ter este receio.